terça-feira, 30 de junho de 2009

ESTRADA NOVA

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Descontruções



Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

Martha Medeiros

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Presente da Roberta a todos


As vezes fico me perguntando, porque é tão difícil para certas pessoas ser transparente?Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.Mas ser transparente é muito mais que isso, é ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sentimos...,Ser transparente é ter a alma desnuda, é guardar as armas, destruir barreiras que muitas vezes nos empenhamos tanto em construir..,Ser transparente é permitir que toda a doçura, que existe em nós se aflore, desabroche e transborde, sem medo de correr riscos..,Mas, muitas vezes preferimos a dureza da razão à leveza que exporia nossa fragilidade de ser dócil, de ser humano, de admitir que temos um coração...,Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam da essência do nosso ser, nos perdemos numa busca insana por respostas imediatas, à simplesmente nos entregar e admitirmos que não sabemos que temos medo!E por mais doloroso que seja nos revestir de máscaras que nos afastam de quem realmente
quem realmente somos, ainda assim escolhemos manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção, nos afogando em palavras falsas, falsas atitudes, em falsos sentimentos..,Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos, e às vezes não sabemos onde está a nossa brandura, nosso amor, nossa compreensão...compaixão, nos esquecemos que todos nós sofremos, nos sentimos sós, e muitas vezes choramos baixinho ao travesseiro, num silêncio que nos remete a saudade de nós mesmos.., em busca da coragem de dizermos e mostrarmos o que sentimos àqueles a quem amamos..,Você pediu um coração, e agora sem máscaras, sem medos, e com toda transparência que existe em mim, TE DOU O MEU CORAÇÃO, APESAR DE TODO O RISCO QUE ISSO POSSA SIGNIFICAR


Roberta

terça-feira, 23 de junho de 2009

Malas prontas







Vou buscar-me...
Deitar em redes de amor
Matar a saudade
Abusar dos abraços verdadeiros
Ancorar em meu porto
Encontrar comigo
rever os amigos
morrer de rir...
Ah!! Eu preciso...
De bons motivos
para não ter que ser triste
para acreditar que o amor
- ainda existe-
Dentro de mim.


Aline Romariz

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pé na estrada!!!







Queridos,

Amanhã coloco o pé na estrada. Saio de Campinas às 10:50 hs,rumo ao sertão pernambucano.Petrolina! Conhecem?




Vou tentar fazer um diário,para mostrar para vocês as curiosidades desse Brasilzão!!A mistura de peles,jeitos e lugares...As diversidades,os sotaques,as paisagens...Ao mesmo tempo em que me manterei ligada a vocês,nesse tempo em que me ausentarei do Programa. Sairei do frio do sudeste para o calor nordestino... Estou dispensando cachecóis,lãs,meias... Mala pronta!!! Vamos viajar??? Vem comigo?!?!?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

ÍNTIMA....


Aline Romariz( Íntima)

A conteporaneidade de Zeca Baleiro....


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Wander Lee


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Martha...






Pelo que me diz respeito
Eu sou feita de dúvidas
O que é torto, o que é direito
Diante da vida
O que é tido como certo, duvido
E não minto pra mim
Vou montada no meu medo
E mesmo que eu caia
Sou cobaia de mim mesma
No amor e na raiva
Vire e mexe me complico
Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva
E só morro no fim
E pra quem anda nos trilhos cuidado com o trem
Eu por mim já descarrilho
E não atendo a ninguém
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si
Lá do alto do telhado pula quem quiser
Só o gato que é gaiato
Cai de pé..."

Martha Medeiros

terça-feira, 16 de junho de 2009

MINHA TRUPE...






“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha,
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso.”

Charles Chaplin

Cada uma dessas pessoas,têm um pouco de mim e eu um pouco deles também... São minha razão de viver,o meu coração que se divide em pedaços tantos... A família que o Cara lá de cima desenhou pra mim.Não tenho nenhuma razão para não agradecer a Deus. Para não sorrir,para não celebrar todo dia à vida. Ao longo desses meus 47 anos ,vivi muitos amores,desamores,conheci muita gente...Andei por muitos caminhos. Aprendi,caí, levantei,chorei,sorri principalmente sorri. E os amigos que fiz,ficaram guardados e ficarão em mim, como se guarda flores em livros...Como para me lembrar que valeu à pena ter vivido. E através da minha trupe,agradeço aos amigos que fiz pela vida e saúdo todas as pessoas que,não por acaso,eu encontrei.
"Dona Roma"
(Aline Romariz)

domingo, 14 de junho de 2009

DISCRIMINAÇÃO,SILÊNCIO E INCOERÊNCIA...

"Você diz mongolóide ou mongol. Nós dizemos síndrome de Down. Seus amigos preferem chamá-lo de Bruno.”
O folheto com a frase e uma foto linda do filho do meio de Gilberto di Pierro, o Giba Um, também pai de Gilberto e Bianca, revolucionou a visão que o Brasil tinha dos downs. Na época, duas décadas atrás, eles eram chamados de mongolóides até por médicos e instituições especializadas, como as Apaes. Receber a notícia de ter um filho “mongolóide” – o Bruno da foto, hoje com 22 anos, inteirão, levando a vida numa boa, da sua maneira – foi difícil, mas Giba, então (e ainda hoje) um famoso colunista social, resolveu lidar com ela do jeito que sabia, usando a comunicação. Fundou o Projeto Down para incentivar pesquisas e levar informação a médicos, assistentes sociais, mães e pais de todo o país, principalmente aqueles mais sem recursos.
* O folheto de Giba um,me incentivou a olhar para essas pessoas e aprender com elas,muito mais que ensiná-las.. Já era a vida me preparando para receber uma pessoa pra lá de especial,o meu Caio.Eu como mãe de deficiente,já enfrentei discriminação e muito preconceito .Já imaginou você tendo de silenciar quando alguém fere um ser que você ama?
Talvez você não tenha noção,por que não viveu a situação na prática.Talvez se cale por que você e os seus estão dentro dos padrões que a sociedade dita como "NORMAL". Incoerente ter uma religião e se compadecer com as maldades do mundo e não fazer nada para que elas não aconteçam. Feio calar-se e postar-se no cômodo muro do não-tenho-nada-com-isso e assistir de camarote à luta de seres humanos pelo RESPEITO que é assegurado por lei.
Definitivamente,silêncio e incoerência não fazem parte do meu vocabulário. Eu nunca vou ser da turma do "deixa-disso". Eu quero um mundo melhor para os que vieram antes , comigo e depois de mim,pessoas capazes de se indignarem,de serem justas . Que saiam dos bancos das igrejas e coloquem as teorias em prática.
Eu quero a coêrencia de crianças sorrindo em parques de igualdade.Não quero ter que definir meus amigos pelas deficiências que têm,pois existem as aparentes( que creiam,são as menores) e as que se camuflam de um egoísmo mórbido,capaz de ferir , subjugar e silenciar.
A mim não interessa a paz que me desrespeita,a hipocrisia da incoerência,a ajuda que não me ajuda.A falta de educação. A mim interessa abraços e sorrisos sinceros. Gente capaz de ser gente. Que aprenda com seus erros,que se ofereça de coração aberto (e não cobre por se oferecer) a causa que não é sua,mas que um dia poderá ser.
Nunca esperem de mim o silêncio,pois é coisa que não sei fazer.Eu respeito e exijo ser respeitada.A religião que professo é a do amor . Eu luto pela dignidade .Já pararam para saber o verdadeiro sentido dessa palavra?
ALINE ROMARIZ

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sua Excelência,o Prefeito da Estância Turística de Salto




O Sr. José Geraldo Garcia,será um de nossos entrevistados no programa do dia 13/06/2009.

José Geraldo Garcia; foi vereador por dois mandatos consecutivos e Presidente da Câmara no biênio 2001/2002; Administrador de Empresas, Pós-Graduado em Planejamento e Marketing Turístico lecionou e foi Coordenador do Curso de Turismo do CEUNSP - Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio. Ao ocupar o cargo de Secretário da Cultura e Turismo em Salto no período de 1989 a 1992, implantou o Parque Rocha Moutonnée, Parque de Lavras, Parque do Lago, Museu da Cidade de Salto, Mostra Estudantil de Teatro, Prêmio Moutonnée de Poesia e conquistou a Restauração da Ponte Pênsil. Também foi Secretário da Cultura e Turismo do município de Itu/SP, quando idealizou e implantou o Parque do Varvito e a Estrada Parque.Prestou assessoria para a administração da cidade de Indaiatuba/SP quando colaborou para a implantação da Maria Fumaça. É vice-presidente da APRECESP - Associação das Prefeituras Estância do Estado de São Paulo.
Conheça a Estância Turística De Salto

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Sexta-feira,12...




P.s: Recomendamos assistir ao slide depois de ter clicado na música,lá no fim da página.

Feliz dia dos namorados!!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nós duas....





Falando do amor



Quis falar do amor
Amor, amor....Ah! O amor!
Tão efêmero;
Amor dos deuses...
Da musa...Do ser comum
Amor da alma, crua ... nua
Amor de mil pedaços
Aquele que guardo em meus braços;
que me faz chorar
Ah! O amor...O amor?!
E o que é o amor,de fato?
Não sei...
Continuarei a buscar.


Aline Romariz e Marise Bolognesi

quarta-feira, 10 de junho de 2009

LYA


Canção na plenitude

Não tenho mais os olhos de menina

nem corpo adolescente, e a pele

translúcida há muito se manchou.

Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura

agrandada pelos anos e o peso dos fardos

bons ou ruins.

(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo

o que perdi: dou-te os meus ganhos

.A maturidade que consegue rir

quando em outros tempos choraria,busca te agradar

quando antigamente quereria

apenas ser amada.

Posso dar-te muito mais do que beleza

e juventude agora: esses dourados anos

me ensinaram a amar melhor, com mais paciência

e não menos ardor, a entender-te

se precisas, a aguardar-te quando vais,

a dar-te regaço de amante e colo de amiga,

e sobretudo força — que vem do aprendizado.

Isso posso te dar: um mar antigo e confiável

cujas marés — mesmo se fogem — retornam,

cujas correntes ocultas não levam destroços

mas o sonho interminável das sereias.

LYA LUFT

Quem é Lya Luft? Uma mulher gaúcha, brasileira, que faz cada vez mais, aos setenta e um anos, o que desde os três ou quatro desejava fazer: jogar com as palavras e com personagens, criar, inventar, cismar, tramar, sondar o insondável. "Tento entender a vida, o mundo e o mistério e para isso escrevo. Não conseguirei jamais entender, mas tentar me dá uma enorme alegria. Além disso, sou uma mulher simples, em busca cada vez mais de mais simplicidade. Amo a vida, os amigos, os filhos, a arte, minha casa, o amanhecer. Sou uma amadora da vida. O que você nunca vai esquecer? Escutar o vento e a chuva nas árvores do imenso jardim que cercava a casa de meu pai, na minha infância". Puro maravilhamento. O que lhe causa repugnância? Preconceito, hipocrisia. Vale a pena escrever? "Não escrevo porque “valha a pena”, mas porque me faz feliz, simplesmente". O que falta à literatura brasileira? "Nada, não falta nada. Ela é o que é, simplesmente, cheia de graça, desgraça, florescente, múltipla, lutando com a crise econômica que atinge também as editoras, mas, como não se escreve para ficar rico, tudo bem". E Deus? "Deus eu imagino como força de vida: luminosa, positiva, imperscrutável". E o Brasil? Brasil cujo jeito é parecer não ter jeito. "Não quero jamais ter de morar longe dele. Aqui tudo é possível. E tanto está ainda por fazer". O que fazer para reverter esse quadro de miséria? "Que os responsáveis por isso criem vergonha na cara". Quem não merece respeito algum de ninguém? "Todos merecem algum respeito, no mínimo compaixão". Você costuma rezar? "Não tenho nenhuma religião instituída, mas tenho uma profunda visão “religiosa”, sagrada, da natureza, das pessoas, do outro". Qual é seu momento ideal para escrever? "O momento em que meu livro quer ser escrito. Mas normalmente produzo mais de manhã bem cedo. Gosto de ver o dia nascer, aqui na minha mesa de trabalho e do meu computador". Se confessa uma mulher tímida, embora não pareça.

"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."

LYA LUFT



terça-feira, 9 de junho de 2009

Mulheres,acordem!!!



Entendo que ser feliz depende exclusivamente de mim. Da postura com que conduzo minha vida de como me relaciono com as pessoas . Não entendo por que devemos valorizar quem não nos valoriza e depositar nos outros as razões da nossa infelicidade. Viver bem depende só de nós mesmas.

Ora, depois de tanto tempo viajando nessa estrada chamada vida,já era pra termos aprendido algumas liçõeszinhas básicas. Eu fico extremamente triste,quando alguém me diz que está se submetendo as grosserias de outrem para não ficar sozinha.Como podemos nos vilipendiar tanto? Como podemos sofrer constrangimentos por conta de não querermos ficar sozinhas? Outro dia, uma amiga me perguntou se eu tinha alguém, como se ter alguém ao lado fosse meu passaporte para a felicidade. E quando disse que não,senti que ela ficou penalizada. Começou a usar de palavras doces como a querer me consolar e até me sugeriu alguns nomes para que eu "investisse". Outra amiga me disse uma coisa que me assustou profundamente,ela contou que convidava um amigo em comum para ir tomar café em sua casa para que os dois fossem à padaria juntos e os outros não achassem que ela estava sozinha.
Eu sei, a tal da solidão é muito triste. Mas tristeza maior é mendigarmos amor de pessoas que nem sabem o verdadeiro sentido de amar alguém. Que não sabem sequer a importância da gentileza . Eu costumo dizer que me amo e convivo muito bem comigo mesma. Se não for pra eu acordar com alguém que divida comigo a cumplicidade do amor,eu prefiro acordar sozinha. Mulheres!!! Acordem!!! Vocês já podem votar!!! Já podem seguir sozinhas!!! Os tempos são outros!!!

Prestem atenção a quem entregam suas vidas,seus sonhos,suas intimidades.É melhor chorar sozinha a solidão do que chorar pela solidão, acompanhada.


Aline Romariz

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um mimo...Uma emoção...






Três Meninas

Era fim de outono
Em pleno sábado ao meio dia
Aline Romariz falou
No programa Palavra de Mulher na Amiga
Que compara Inês Carmelita
a Cora Coralina
Inês estava escutando
E já pensou em suas rimas
Cora ao lado de Deus recitou uma poesia
Inês Carmelita chorou, lágrimas de emoção
E chegou a uma conclusão
Numa grande comparação
Entre essas três meninas
Cora é um tronco florido
Aline um ramo em botão
E Inês Carmelita
Apenas uma pétala no chão.


Inês Carmelita Lonh


* Sobre o Programa de Sábado: como Cora,Inês descobriu-se escrevendo depois de um certo tempo de vida. Como Cora,Inês distribui simplicidade em suas letras. Como Cora,Inês percebeu que renasceu da poesia.


Aline Romariz

domingo, 7 de junho de 2009

Segundo Drummond...




sábado, 6 de junho de 2009

IH!!! ESQUECEU?!?!?


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nossa convidada... Carolina Padreca



A escolha da profissão é sempre uma tarefa árdua, pois com 17 ou 18 anos o adolescente já tem que ter maturidade suficiente para arcar com a decisão sobre seu futuro profissional, que por sua vez ditará o cotidiano inclusive do setor pessoal do indivíduo.

Jornalismo! Essa foi minha escolha e minha escola. Porém, 11 anos após meu ingresso na faculdade de comunicação me entristeço em perceber que a poesia, a literatura, o jornalismo interpretativo está sendo esquecido pela maioria dos meus colegas e principalmente pelos meios de comunicação.

Informações rápidas e muitas vezes sem profundidade têm tomado conta da mídia, seja ela impressa, online, televisiva ou radiofônica.

É por isso que me inspiro quando leio um bom livro, um bom artigo ou alguma reportagem completa, principalmente sobre cultura.

Se escolhi o ofício de jornalista foi por saber que somos capazes e mais ainda responsáveis por levar a informação à comunidade. Mas é fato que esse ato de “informar” pode ser feito de diversas maneiras. Eu optei pelo caminho do interpretativo, do literário.

O leitor, em matérias feitas por esse viés, é capaz de sentir os aromas, ouvir os sons, ver os movimentos. É você possibilitar à leitura o contato com o fascinante mundo do imaginário.

Cada personagem é dono de uma vida, uma história, que numa simples nota informativa perde toda a riqueza. Os detalhes bem colocados são fundamentais para expor ao leitor toda simpatia, carisma e dedicação do personagem, que lembrando, é real.

Abaixo, escrevo sobre Clarice Lispector, escritora, jornalista, mulher espetacular que há pouco tempo conseguiu isso, explorar os sentimentos e trazê-los de forma forte e poderosa para a leitura.

Espero assim, que os leitores do itu.com.br tenham uma deliciosa leitura e se animem em conhecer mais tanto sobre Clarice, como sobre o Jornalismo Literário (Interpretativo), duas de minhas paixões.

A sensibilidade de Clarice
A escritora que fez do jornalismo seu ofício e da literatura inspiração

A ucraniana Haia Lispector nasce em 1920, durante uma viagem dos pais, que estavam de mudança para a América. Dois anos depois a menina chega à Maceió e por iniciativa do pai, toda a família muda de nome. Ela, então, passa a se chamar oficialmente Clarice.

Apesar de passarem por algumas dificuldades, Clarice consegue estudar, não somente na escola regular, como faz aulas de piano, hebraico e iídiche. No mesmo ano (1930) que se naturaliza brasileira, se inspira na arte e escreve "Pobre menina rica", peça em três atos, infelizmente perdida com o tempo.

É neste momento que nasce a escritora que até hoje encanta pelas leituras enérgicas, profundas e atemporais.

A diferença dos textos de Clarice para com as demais crianças da época estava no fato de não descrever pessoas nem situações, mas apenas sentimentos e sensações, não se enquadrando nas literaturas infantis: eram textos maduros demais para sua pouca idade.

De lá para o Rio de Janeiro, já adolescente, cursa a língua inglesa e inicia o ofício de professora particular, mais uma vez para ajudar nas despesas da casa. Na fase adulta, após trabalhar como tradutora de textos científicos para revistas e também como secretária de advogados, passa a exercer o cargo de jornalista, escrevendo reportagens em jornais, mas não deixando de confeccionar textos literários.

Publica seu primeiro romance "Perto do coração selvagem", em 1942. Lauro Escorel a partir da leitura de um exemplar a descreve: "personalidade de romancista verdadeiramente excepcional, pelos seus recursos técnicos e pela força da sua natureza inteligente e sensível".

Neste mesmo ano, sua vida dá mais uma guinada e consegue seu primeiro registro profissional como escritora no jornal "A Noite". Nunca deixando de estudar, cursando agora antropologia e psicologia. No ano seguinte além de se formar em direito, casa-se.

É autora de contos, crônicas, artigos e romances, em mais de 27 livros como "O Lustre" (1946), "Laços de Família" (1960) e a tão comentada obra de despedida da autora: "A hora da estrela" (1977).

Clarisse foi uma personalidade que se entregou ao Brasil de corpo e alma. Incansável estudiosa, tinha sede de aprofundamento e aprendizado nos diversos setores humanos, talvez procurando entender esse turbilhão de emoções e sentimentos que norteiam o homem.

Questionadora, Clarice fez do jornalismo, das palavras escritas, seu ofício e sua vida.

Era uma artista. Respirava e vivia de sua arte. Sem a escrita, como ela mesmo descreveu, se sentia “amordaçada, presa, perdida”.

A inquietude, outra forte característica da autora, proporcionou e ainda proporciona aos leitores, contínua reflexão sobre os verdadeiros valores da vida, fornecendo chaves para desfazer as amarras que impedem as pessoas de lutarem por grandes e audaciosos objetivos. Seus escritos fornecem novos ângulos de visão sobre o cotidiano e o interior dos leitores. É uma conexão, mesmo póstuma, da alma de Clarice com cada novo olhar.

Trechos de suas obras traduzem de forma clara, as contradições existentes e muitas vezes esquecidas, como transbordam sensibilidade:

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar!
Não me deem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros".

Que os profissionais de hoje se inspirem em suas palavras, que registram a essência do que é amar, do que é sentir, do que é sofrer e chorar, do que é viver. Por que: do que é feita a vida, senão um equilíbrio de razão e emoção?

Carolina Padreca é jornalista especialista. Atua na área cultural de Salto, é vocalista do Grupo Releitura (MPB) e assessora voluntária de grupos artísticos da cidade. É professora universitária nos cursos de Eventos, Turismo, Hotelaria e Secretariado Executivo do Ceunsp. Membro fundadora da “Academia Saltense de Letras” tem Clarice Lispector como sua patronesse. Acesse o blog de Carolina: http://www.inebriada.blogspot.com/.


*Fonte: Entrevista concedida pela jornalista ao site http://www.itu.com.br/,no dia 30de abril de 2009.


Amigos !!Carolina Padreca será nossa entrevistada de amanhã. O programa promete. Não percam!!
Aline Romariz e Marise Mell

quarta-feira, 3 de junho de 2009

COM A PALAVRA: MARISE MELL...

A inteireza da vida


Ninguém vive pela metade.


O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.


Se dura vinte ou cinqüenta anos, não faz diferença.


O que conta é que uma vida é uma vida.


Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.


Todo sentimento pôr si só é inteiro.


Ou a gente é feliz ou não é; ou ama, ou não ama; ou quer, ou não quer.


Quando amamos, dúvida não existe;


Se queremos realmente, dúvida não existe; se somos felizes... cadê o espaço para infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?!


Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência.


A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente.


Temos o agora.


Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo.


Mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um?


Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia que amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.


Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.


Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede conseqüências.


Medindo dificuldades, não fazemos nada.


Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as possibilidades.


Aí sim estamos no caminho certo.


Para os pessimistas uma pedra é um estorvo, para os otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida.


O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.


Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços.


Ninguém disse que não há riscos.


Mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido se tivéssemos tentado?


Quando fizer alguma coisa, faça com inteireza de coração.


Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.


A vida é bela demais para ser deixada em suspenso. O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes, sem que o tornemos real e possível.


Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue... difícil ser feliz sem ser completo.


Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.


O coração talvez não seja o melhor conselheiro.


Mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós. Deixe, pelo menos uma vez, que ele fale mais alto


Autor desconhecido.


*Me identifico com o texto. Meu coração é meu aliado, sempre!

Marise Mell

UMA CONVERSA DE PÉ DE OUVIDO...




"...Se eu quiser falar com Deus..."

As respostas de Deus,para mim são tão claras...
Cada vez que me deparo com o egoísmo, a prepotência,o desamor, mais entendo o que Ele andou dizendo em linhas tortas,mais entendo os motivos e os por quês de tantas coisas.
Do quê me adianta jejuar,fazer novenas,pagar penitências?Do quê me adianta ser assíduo frequentador de Sua casa e desprezar um gesto de amor?
Nós somos o resultado dos nossos atos e as nossas vidas a resposta de tudo que se plantou.
Procure dentro de você os motivos de sua dor...E entenderá com clareza os recados divinos.
Agora pare um pouquinho. Tem alguém ao seu lado? Olhe pra ele e sorria ! Viu? Foi tão fácil! Duvido que não recebeu de volta um sorriso,um olhar terno,um abraço.É assim que funciona sua vida,as respostas são imediatas.É raro sorrirmos e não recebermos de volta um sorriso,é raro estendermos a mão e não sermos atendidos. Não! Não fiz curso nenhum de teologia,não sou "coach",nem pretendo publicar livro de auto-ajuda,nem fiz curso pra ser pastora,minha vocação é outra... É a recíprocidade do querer intensamente,do amar muito.Sou apenas observadora da vida,buscando motivos pra ser feliz. Acredito na lei do retorno.E sei que a vida,como disse o poeta: "vem em ondas".
Guarde as velhas orações de palavras decoradas,crie novos caminhos de comunicação com Deus... Nós entramos em sintonia com Ele,quando de coração nos entregamos...
Quer entender? Pratique a oração do sorriso, do estender a mão,de dar o ombro(diferente de dar de ombros)...Pratique a aceitação do que se propõe fora dos seus padrões,pratique a tolerância,o agradecimento...Entenda que caminhar sozinho cansa,prefira sempre amparar-se na recíprocidade do bem querer.
E aí, quando na solidão precisar realmente de um amigo,verá o quanto ter-lhe agradecido,e o quanto o seu sorriso, VALEU!!!

Aline Romariz

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cantando minha aldeia...






A minha terra em junho fica mais linda! Bandeiras coloridas invadem as ruas com nuances de muita alegria,em cada esquina uma senhora com seu fogareiro assa o milho das festas de minha infância.Há sempre uma criança com vestido de chita,há sempre uma trança ,um chapéu,uma dança...Um corpo que balança ao som de versos lindos.
A minha terra se enfeita toda de esperança, se enche de muitos sorrisos...
Minha terra tem cheiro de dendê e sargaço,gôsto de abraço apertado com pitadas de simplicidade por todos os lados...Tem o grito de amor do amigo que ficou,o colo gostoso que mata a saudade;tapioca,mungunzá,pitanga,pinha,cruaçá...O acarajé da "Maninha",o beijo do "Chocolate".
Tem o Pontal de rendeiras lindas, tecendo em filés de cores vivas, a esperança.Tem Guerreiro,Pastoril,tem Chegança e poetas de rua em suas areias tantas. Tem um mar inconfundível de um azul que alucina e o sol
que solta raios de amor com brilhos de purpurina.
A minha terra é o porto onde ancoro minhas tristezas e me abasteço de vida. Minha terra sou eu,renascida.

Aline Romariz

Dividindo alegrias!!!



Amigos,


Nossa querida Rita Fernandes está feliz da vida.Recebeu uma correspondência pedindo sua autorização para que um texto seu fosse utilizado numa coleção didática para o ensino fundamental. Não é o máximo?

Rita querida, nós estamos felizes por você e orgulhosas de termos também lhe escolhido nossa co-produtora.

Parabéns mulher !!Receba de todos nós as mais lindas flores e os mais doces abraços embrulhados em pacotinhos coloridos de bem querer.

Aline e Marise


*Abaixo o convite na íntegra.





Prezada Rita de Cássia,


A Edições Escala Educacional está produzindo uma coleção didática de ciências para o ensino fundamental I, com tiragem prevista de 10.000 exemplares, de autoria de Erika Santana e Rodrigo Dias Balestri, que gostariam de utilizar no volume 4 de sua obra o texto \\\"Piolho\\\", de sua autoria, publicado no site http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasinfantis/215652, acessado em 05/05/2009.> Por esse motivo, solicitamos autorização de V.Sa. para a reprodução do mesmo.

No aguardo de seu retorno.

Atenciosamente

Patricia de Almeida
*Ver página de Rita no RECANTO DAS LETRAS