segunda-feira, 27 de abril de 2009

UM PERFUME... UM AMOR








Sou perfume



Eu sou apenas um sonho

Ou sou o perfume

Que marca na rosa

O teu caminho profundo

Eu sou o que te reserva

Ou o que lhe motiva

Eu sou a forma

Jamais entendida

Sou emoção, sou-te motivação

Nos meus caminhos és a imensidão

Dos olhos que perfume escorrem

O amor fluidificou

Sorrisos e as mãos me encantam

Mãos tão minhas quanto tuas minhas são

As luzes que te iluminam

Refletem no meu simples entender

Eu sou a flor que no teu caminho

Veio a te enternecer

Sozinho, eu Caminho
Até o meu reflexo aparecer


EMMANUEL ALMEIDA

SOBRE A SAUDADE... SONETANDO








O QUE É SAUDADE?




Saudade é a presença de uma ausência,

É a ausência total de uma presença.

É a permanência de uma impermanência,

É o real “não real” do que se pensa.


Saudade é alguém distante que está perto,

Que se foi para longe e está presente,

Que sem tocar nós vemos por completo,

A caminhar com nitidez na mente.


Saudade é algo triste sem ser triste,

É fel que um certo doce nos transmite,

É gostoso punhal em seu ferir.


Saudade é uma dor (não dor à-toa),

Quanto mais dói a gente quer que doa,

Quanto mais fere a gente a quer sentir.

SÁ DE FREITAS





SAUDADE É ISSO



Perguntas-me poeta o que é saudade,

O que é esse sentir que me acompanha,

Que sei que vou levar pra eternidade,

Pois incrustado está na minha entranha.


Saudade sinto de quem já partiu,

E até de quem ainda está na Terra,

Pois essa dor saudosa que encerra

O meu ser, com o meu riso consumiu.


É uma saudade forte e tão doída

Que no peito já abriu ferida

E me deixou somente a agonia.



Saudade é isso sim e muito mais,

Porque me arranca os mais sentidos ais,

Deste meu coração sem alegria.


EU (Aline) e o LU...DUET(L)ANDO...

EM SILÊNCIO

Amo-te

desde o olhar primeiro

Amo-te

desde bem antes...

Quando te vejo festeiro

a falar dos amores que tem

Amo-te

quando não estás com ninguém...

Amo-te!

Apenas amo-te ....Também.


Aline Romariz
EM HARMONIA


Amo-te

desde os primeiros versos.

Amo-te
desde meus momentos mais incertos

quando a tua voz extrapolou as estrelas.

Amo-te

das inspirações juntas as proezas...

Amo-te

Apenas com o olhar

Que me encantou a voar.

Como é esplendido... Amar...
LUCIANO EBELING

A VERDADE SOBRE TODA SEGUNDA-FEIRA




Toda segunda-feira tem sua culpa. Que me desculpem os “Caxias” de plantão, mas não levo muita fé na segunda-feira. Após algum tempo de vida a gente começa a perceber como a nossa mente funciona de verdade.
Segunda-feira é dia de remontar o juízo perdido no final de semana. Segunda é dia de se atolar no trabalho só pra não se sentir mal por ter perdido a linha no sábado anterior. Toda segunda-feira traz aquela pontinha de saudade – do final de semana – e de desânimo – pois para o próximo sábado ainda faltam alguns dias.
Há o colega do trabalho que te pára no café só pra contar o final de semana, eis um dos males da segunda-feira. Na segunda-feira voltamos a ser nós mesmos. Ajuizados, com conta no banco e filhos para criar. Na segunda a cidade está de volta, e o que é pior, o trânsito está de volta! A reforma volta também, as duplicatas e os problemas que foram esquecidos na semana que passou.
Como já escreveu Mário Prata, no sábado a gente pode tudo. O final de semana, que, para o homem de verdade, começa às 18h de sexta-feira; nada mais é do que a ressurreição após a via-crúcis semanal. A segunda-feira derruba tudo isso. A segunda-feira é como uma ex-namorada. Ela chega com todos aqueles fatos (e fotos!) que você quis esquecer, as segundas-feiras vêm, para mim, bem piores que os domingos – que pelo menos têm futebol.
Segunda-feira é dia de começar dieta, dia de fazer relatório; segunda-feira é dia de voltar para a histeria acinzentada da capital e quase enfartar de stress. Nenhum outro dia é tão ingrato quanto a segunda-feira. Veja só, ainda chamam de “dia útil” (para quem?).

A terça-feira, por exemplo, tem rodada dupla de chope após o trabalho, a quarta-feira tem futebol, a quinta tem pelada e a sexta-feira, bom, é sexta feira!
Veja, esta crônica não visa acabar com o pouco ânimo que lhe resta nesta segunda, mas sim, alertá-lo sobre os ataques silenciosos da segundona para que você se previna, e se mude para o Hawaii! Como de costume, já estamos em horário comercial e hoje é segunda-feira (semblante triste), então a boneca filosófica vai parar por aqui. Tenham todos uma boa semana, a partir de amanhã, claro!


FABRÍCIO GIMENES